terça-feira, 13 de outubro de 2009


Após a conquista do Prêmio Microsoft Educadores Inovadores, a equipe de alunos comandada pelo professor de Matemática e Física Guilherme Ervin Hartung, continua surpreendendo na educação de Petrópolis. A equipe está classificada, agora, para participar da etapa mundial da disputa, que acontecerá entre os dias 3 e 6 de novembro, em Salvador. Através do projeto Fractal Multimídia, os estudantes do Colégio Estadual Embaixador José Bonifácio, em Pedro do Rio, são responsáveis pela criação de jogos eletrônicos onde os jogadores têm que passar por várias fases até o fim. Uma das alunas empenhadas no projeto é Jéssica Maurício Shinaider, de 18 anos, e que atualmente cursa o 3º ano do Ensino Médio. Ela é responsável pela parte gráfica dos jogos e explica como é seu trabalho na Fractal Multimídia. “Eu fiquei encarregada na parte de arte. Baixo da internet planos de fundo, fotos e outros materiais para montar os cenários. Todo dia vou fazendo isso para criar o cenário dos jogos”, diz a jovem.

Jéssica conta que os jogos são produzidos de acordo com as matérias de sala de aula, tais como Matemática, Física, Geografia, Química, Biologia e História. “Montamos um jogo de história, por exemplo, em etapas. Começa na idade da caverna, passa pela Idade Média e assim por diante até o final. E o jogo de matemática montamos com os problemas para os alunos resolverem”, afirma. A aluna salienta que ficou feliz com a vitória do projeto, pois além deste lhe proporcionar conhecimento, é uma forma de demonstrar a capacidade dos estudantes. “Eu fiquei muito feliz com a vitória. Tive a chance de descobrir um ramo que não conhecia. Foi fundamental para nós, pois abriu um caminho a mais e é uma forma de mostrar o quanto os alunos são capazes”.

Ulisses dos Santos Giovanini, de 16 anos, é outro aluno da escola que contribui para o desenvolvimento da Fractal Multimídia e diz que sua função é colocar nos jogos os chamados objetos surpresas. “Minha função é inserir os objetos surpresas como dragões, nos jogos de história, por exemplo”. O jovem do 1° ano do Ensino Médio acredita que os jogos criados no projeto servem ainda como estímulo para incentivar os próprios alunos a estudar. “Quando estamos numa aula muito chata você não se interessa. O jogo é uma forma diferencial, realmente é interessante”, acredita, acrescentando que a aplicação do projeto em sala de aula poderá ser uma maneira mais agradável dos alunos interagirem com as matérias.
Responsável pela parte de sonorização dos jogos, o aluno Weslei Alves de Carvalho, de 15 anos, fala da importância do trabalho dos outros colegas para depois poder começar a produzir sua parte no projeto. “Meu trabalho depende da montagem dos cenários feitos pela Jéssica. Na verdade eu acho o som adequado para cada cenário”, conta. O estudante do 1° ano do Ensino Médio enfatiza ainda a importância do projeto para a educação. “Eu vejo isso como um bem da escola e que vai ajudar muitas pessoas. Isso vai interessar muito os alunos. Não terá mais aquela rotina de ter que escrever as anotações das aulas no caderno”, diz Weslei. “A ideia é chegar e mostrar que as aulas podem melhorar”, salienta.
Igor Gustavo Becker, de 15 anos, juntamente com Guilherme Ervin, são os responsáveis pela principal área dos jogos educativos da Fractal Multimídia: programação. “Eu e o professor Guilherme fazemos a programação dos jogos. Já tem a imagem e o som, tem que ter a programação”, ratifica. Igor destaca a atenção que se deve ter na hora da programação dos jogos. “Temos que pegar a imagem juntar com o som para sair certo.

A ideia é fazer os ajustes até sair tudo certo”, diz o jovem, afirmando ainda que antes de atuar no projeto, já lidava com programação de jogos.
Guilherme Erwin informa que uma das novidades do projeto é a chamada “realidade aumentada” onde, através da exposição de uma determinada imagem, esta será reproduzida em realidade virtual no retroprojetor durante as aulas. Para isso, Erwin conta com a colaboração do professor de Química e Ciência Ambiental, Alexandre Becker de Castro. “A parceria maior foi por causa da realidade aumentada. Os alunos fazem a pesquisa, trazem para mim. O Guilherme faz a modelagem e eu aplico na aula”, explica Alexandre.

ASCOM

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