sexta-feira, 9 de julho de 2010

Falta de professores é criticada pela APE

A Associação Petropolitana dos Estudantes (APE) está preocupada com a falta de professores na rede municipal de ensino, principalmente no Liceu Municipal. O presidente da entidade, Diego Vieira, disse que antes da greve da Educação já havia falta de professores, por isso lamenta que a Secretaria de Educação não tenha se preparado para substituir os profissionais de licença médica e que se aposentaram.
Para Diego Vieira, a situação ficou mais grave com a demissão da secretária e cobrou do prefeito Paulo Mustrangi a indicação de um novo secretário, pois acredita que a demora vai prejudicar os alunos. “Divulgaram que a discussão sobre a reposição das aulas será no dia dois de agosto e isto é preocupante, pois há alunos se preparando para o vestibular e também para prova do Enem”. O presidente do Grêmio da Escola Estadual Dom Pedro II, Pablo Souza, disse que a falta de professores afeta também a rede estadual de ensino e está prejudicando os alunos do ensino médio que vão prestar vestibular.
O presidente da APE espera que a Coordenadoria Estadual de Educação resolva o problema e que o prefeito indique o secretário de Educação do Município para que os problemas na rede municipal sejam resolvidos sem prejuízo para os alunos. Diego Vieira espera que a APE seja convidada para discutir a reposição das aulas e também o nome do novo secretário de Educação. Na sua opinião, o prefeito Paulo Mustrangi deveria escolher alguém da rede municipal, pois acredita que para uma pessoa que conheça toda a rede será mais fácil buscar uma solução para os problemas da Educação. “Estamos vendo que da forma como as coisas estão sendo conduzidas os alunos secundaristas serão os mais prejudicados”.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

UFRJ abre 287 vagas por transferência externa

A Universidade Federal do Rio de Janeiro aprovou o concurso para ingresso através de transferência externa para o segundo semestre. Ao todo, serão oferecidas 287 vagas em 72 graduações nos campus do Rio, Macaé e Xerém. As solicitações devem ser feitas nos dias oito, nove e 12 de julho, no prédio do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, na Cidade Universitária.
Para estas vagas, podem se candidatar alunos matriculados regularmente em cursos de graduação reconhecidos pelos órgãos competentes, que tenham cursado, pelo menos, 50% das disciplinas da grade curricular e que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio do ano passado.
No momento da inscrição, que será gratuita, os candidatos devem preencher um Requerimento de Inscrição e entregar o pedido junto aos seguintes documentos: cópia da identidade (estudantes estrangeiros devem apresentar o visto), duas fotos 3 x 4, comprovante de registro na instituição de origem, histórico escolar completo do curso da graduação de origem e cópia do boletim individual do Enem.
A seleção terá caráter eliminatório e terá como base as notas obtidas no Enem 2009. A lista com os aprovados será divulgada no dia 20 deste mês. Os candidatos podem consultar a lista na página eletrônica da Comissão Executiva de Acesso aos Cursos de Graduação, www.acessograduacao.ufrj.br.
No dia três de agosto, o resultado final será divulgado e a pré-matrícula acontece no dia 11. Neste mesmo dia, e no dia 12, os aprovados devem fazer as inscrições nas disciplinas. As vagas não preenchidas serão redirecionadas através de reclasssificação a realizar-se no dia 16.

Seleção para mudança de curso
Alunos da universidade que desejam mudar de curso, também para o segundo semestre, têm os dias oito e 12 de julho para garantirem a participação no processo seletivo para mudanças. Serão oferecidas 203 vagas em 64 graduações. Podem se candidatar universitários matriculados no ano letivo de 2010 que tenham cursado, pelo menos, 12 créditos com aproveitamento no curso de origem. A solicitação deverá ser entregue junto aos seguintes documentos: cópia da identidade, boletim escolar, declaração e duas fotos 3 x 4.
Não serão aprovados pedidos de estudantes que ainda não tenham passado por dois anos de escolaridade efetiva desde o concurso de admissão ou aqueles que não tenham cursado, com aproveitamento, 70% das disciplinas dos dois períodos iniciais. O processo seletivo será aplicado no dia 22 deste mês e o resultado final será divulgado no dia três de agosto.

Escolas públicas com boas notas no Ideb

O Ministério da Educação divulgou na última quinta-feira as notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A avaliação é feita de dois em dois anos, em alunos do primeiro segmento até a 4ª série e dos anos finais, de 5ª a 8ª. Em Petrópolis, a maioria das escolas obteve notas superiores ao Ideb de 2007 e em destaque está a Escola Municipal Robert Kennedy, no bairro Castelânea, com 6,2 pontos, uma das melhores avaliações da cidade.
Para a diretora do colégio, Naide Contarini, o bom desempenho se dá pelo trabalho de equipe e compromisso de professores e diretores. “Desenvolvemos projetos e trabalhamos em cima disso. É gratificante saber que os resultados são tão expressivos”, comentou. A capacitação dos profissionais de ensino e novos conceitos em educação são alguns dos pontos relacionados pela diretora. Na última avaliação, a escola também obteve uma das notas mais altas do município, 5,8.
Outro destaque é a Escola Municipal General Heitor Borges, no Manoel Torres. O colégio obteve nota 5,9, média bem acima do Ideb de 2007, que foi 4,5. As avaliações vão de 0 a 10 e boa parte das instituições ficou com notas acima de 4. A Escola Municipal Nossa Senhora do Amparo e a Escola Municipal Monsenhor Gentil também tiveram boas notas, 5,5. Outro bom exemplo é a Escola Estadual Rui Barbosa, no Alto da Serra, com 5.2 pontos.
Na contramão do bom desempenho educacional estão os colégios Odette Fonseca, Júlio Frederico Kooler e Abelardo Lamare. Essas instituições tiveram notas abaixo de 4. A Escola Municipal Odete Fonseca, localizada na BR 040, foi uma das piores de Petrópolis, com avaliação 2,7. No Ideb de 2007, o colégio obteve nota 4,5. A diretora do colégio foi procurada pela equipe de reportagem, mas não quis falar sobre o assunto. Já o Ciep Cecília Meirelles, em Corrêas, apesar da nota baixa tem muito o que comemorar. Em 2007 a avaliação foi 1,8, neste ano a nota subiu para 3,5.
Bons resultados também nas escolas avaliadas nos anos finais, de 5ª a 8ª série, onde a maior parte das instituições teve notas acima de 5. Entre os melhores colégios estão o Instituto Metodista (5,8); Educandário Menino Jesus (5,4) e Luis Carlos Soares (5,2). Escolas conhecidas como o Liceu Municipal Prefeito Cordolino Ambrósio e o Colégio Estadual Dom Pedro II tiveram avaliação abaixo de 5. No Liceu, foram 4.6 pontos, e no Cenip 3.5. Já as piores notas foram encontradas nas instituições estaduais, com média 2. O Colégio Princesa Isabel, no Quitandinha, e o Augusto Mechick, no Alto da Serra, ficam empatadas com 2,2 pontos.

Petrópolis supera meta no Ideb, mas está abaixo da média da região


Apesar de superar a meta estabelecida pelo Ministério da Educação, Petrópolis ficou com notas bem abaixo de outras cidades do Estado do Rio de Janeiro, principalmente nos anos finais, de 5ª a 8º série. De acordo com a avaliação feito pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ficamos com 3,8 pontos, bem inferior aos 4,8 do município de Engenheiro Paulo de Frontain e os 4,1 pontos da cidade de Teresópolis. Os resultados foram divulgados na última quinta-feira pelo MEC. Já nos anos iniciais, até a 4ª série, o desempenho das escolas públicas foi melhor, obtivemos 4,6 pontos, mas ainda ficamos abaixo de notas obtidas por municípios vizinhos como Nova Friburgo, 4,8; Santo Antônio de Pádua, 5,1; Paty de Alferes, 5.1; e Teresópolis, com uma das melhores notas, 5,3. Mesmo com notas baixas, ter alcançado as metas estabelecidas pelo MEC é um motivo para comemorar. Ficamos acima das projeções feitas para 2009, que previa 4.5. Para o ano de 2011 a previsão é 4,9 para os anos iniciais. Em 2009, 50,2% das cidades ficaram acima da média nacional, que foi de 4.6 pontos, em uma escala de 0 a 10. Já em 2007, 47% dos municípios conseguiram superar a média, que era de 4,2 pontos. Ao todo, 84,9% das cidades atingiram as metas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A avaliação foi realizada em novembro de 2009 e acontece a cada dois anos, levando em conta as séries iniciais e finais das escolas da rede pública. As notas vão de zero a 10.
Já o município de Duque de Caxias e Belford Roxo foram os que obtiveram os piores resultados em todo o estado, 3,7 e 3,6 para os anos inicias. Essas duas cidades também tiveram desempenho baixo nos anos finais, com notas abaixo de 4. O Ideb foi criado em 2005 para medir a qualidade do ensino público no país, levando em conta as notas da Prova Brasil e os índices de reprovação. O Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. O objetivo é que a média nacional chegue a 6 em 2021. O pior resultado da avaliação realizada no ano passado foi registrado pelo município de Apuarema, com nota 0,5. A cidade fica no sul da Bahia, a 320 quilômetros de Salvador. A nota mais alta foi no município paulista de Cajuru, no nordeste do estado, a 360 quilômetros da capital. Lá, a média das notas das escolas da rede pública ficou em 8,6. Dos 11 municípios com as piores notas nas séries iniciais do ensino fundamental, seis estão na Bahia, dois no Piauí, dois na Paraíba e um no Pará. Dos 13 municípios com as notas mais altas, sete estão em São Paulo, cinco em Minas Gerais e um no Rio Grande do Sul.