terça-feira, 18 de agosto de 2009

Novos hábitos na volta às aulas em Petrópolis

Mais de 85 mil alunos das redes pública e privada voltaram às aulas ontem em Petrópolis. Após um longo período de férias escolares, com duas semanas de prorrogação decretadas pela Secretaria de Saúde como forma de prevenção contra a gripe A, as instituições intensificaram os cuidados com a higiene, como a colocação de recipientes com álcool em gel, e fizeram esclarecimentos sobre a doença para os estudantes e funcionários.Quase 47 mil alunos da rede municipal de todas as séries, divididos em 183 escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) e 19 creches conveniadas, que voltaram às aulas estão sendo monitorados por quase 2 mil professores. De acordo com a Secretaria de Educação, a frequência foi de 80% nas unidades escolares, mas a previsão é de normalização até a próxima quarta-feira.Para a estudante da 7ª série da Escola Municipal Bataillard, Juliana dos Santos, a escola tomou todas as precauções necessárias e não havia motivo para as atividades não retornarem. “Tem uma garrafa de álcool em cada sala da escola.
Na entrada, antes e depois do recreio desinfetamos as mãos. Além disso, os bebedouros foram lacrados e direção pediu para que cada um leve a sua própria garrafinha d’água e não compartilhe”, contou.As alunas do Liceu Municipal Professor Carlos Chagas, Beatriz de Assis e Jéssica Azedo, acreditam que a paralisação das aulas não foi a medida mais correta tomada pela prefeitura. “Ficamos em casa ou na rua tendo contato com todos os tipos de pessoas e sem as mesmas condições higiênicas oferecidas na escola. Moro na Comunidade do Alemão e lá já houve alguns casos suspeitos da gripe A. Se estivesse estudando teria tido menos contato com essas pessoas”, disse Beatriz.Apesar das medidas preventivas orientadas pela Secretaria de Saúde, como a utilização de sabonete líquido e álcool gel na entrada e saída da escola, a prefeitura esclareceu que mensalmente as unidades recebem um repasse extra do Programa de Dinheiro na Escola Municipal (PGDREM) e do Fundeb. Os diretores das unidades foram convocados para reunião, antes do início das aulas, na Secretaria de Educação, para tratar sobre esse assunto. A maioria das escolas já recebeu o dinheiro e outras terão o repasse realizado até o fim dessa semana.

Colégios particulares também retornaram

De acordo com o delegado do Sindicato das Escolas Particulares de Petrópolis, Carlos José Machado, os 10 dias a mais de recesso prejudicarão o calendário escolar, que deve cumprir 200 dias letivos por determinação do Ministério da Educação. “Acredito que se as aulas tivessem começado como o previsto, as crianças já poderiam ter sido ensinadas nos novos hábitos a serem seguidos. Entretanto, é muito cedo para avaliar se a orientação da Secretaria de Saúde foi a melhor a ser seguida”.No colégio onde Carolynna Pinheiro estuda, todas as salas de aula têm cartazes explicativos fixados sobre como lavar as mãos e outras precauções contra o vírus H1N1. Também foram instalados recipientes com álcool em gel na saída dos banheiros e os bebedouros trocados por galões d’água e copos descartáveis. “Estou me sentindo segura com as providências tomadas pelo colégio. Foi importante essas duas semanas a mais de férias porque várias pessoas viajaram e foi o tempo suficiente para qualquer sintoma aparecer”.Preocupada com o aumento diário do número de casos suspeitos da gripe A na cidade, a mãe de Carolynna, Margarete Souza, acredita que a iniciativa da Secretaria de Saúde foi providencial porque a doença ainda era muito nova para os petropolitanos. “Durante essas duas semanas de férias forçadas as notícias sobre a gripe A foram intensificadas em Petrópolis, realizaram campanhas de prevenção, agora sabemos melhor o que significa, quais os perigos e como podemos prevenir um pouco mais nossos filhos contra um possível contágio do vírus”.

Universidades voltam às aulas com novas rotinas


As Faculdades de Medicina e Arthur Sá Earp Neto (Fase) também voltaram às aulas depois do recesso por conta da Influenza A (H1N1). Para ajudar a resguardar os 1,5 mil estudantes, a instituição tomou uma série de medidas, como a disponibilização de álcool gel e a suspensão das aulas nos laboratórios com equipamento de ar-condicionado. Nos próximos dias serão realizadas reuniões para avaliar a melhor forma de repor as aulas perdidas durante o recesso. A Universidade Católica de Petrópolis esclareceu que, seguindo orientações da Coordenadoria de Epidemiologia do município e de especialistas em Medicina do Trabalho, exibiu vídeos explicativos para os seus 4 mil alunos sobre a doença, nos intervalos das aulas, além das mesma medidas adotadas pelas escolas.A Universidade Estácio de Sá também garante que reforçou a higienização para receber os 12 mil alunos dos 12 cursos de graduação e pós, dos campi do Bingen e Barão do Rio Branco.

A instituição ainda garantiu o abono das faltas de alunos gripados com apresentação de atestado médico.A Secretaria de Saúde orienta que as instituições tomem as seguintes precauções:
* salas ventiladas, com portas e janelas abertas, copos descartáveis para os alunos que não levarem suas próprias garrafinhas de água;* higienização das mãos com sabonete líquido e álcool gel na entrada e saída da escola, também antes e depois do recreio e de ir ao banheiro; * profissionais da educação devem criar uma rotina de observação dos alunos, antes e após as aulas, e dispensar aqueles gripados
Fonte Tribuna de Petrópolis 18/09/2009

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