Após 21 dias em greve, mais de 400 servidores municipais da Educação votaram ontem, em assembléia realizada no Clube Petropolitano, pelo fim da paralisação e retorno normal das aulas a partir da próxima segunda-feira. A decisão da categoria atende pedido do desembargador Luiz Felipe Haddad, que, durante a audiência com os representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e do governo, na última terça-feira, recomendou a suspensão do movimento de greve por um prazo de 20 dias para negociação. O estado de greve será mantido até a primeira reunião entre o comando dos servidores e a prefeitura, que acontece na próxima quarta-feira, às 13h, no Palácio Koller.
No mesmo dia, às 18h, ocorrerá uma nova assembléia dos funcionários da Educação para analisar a proposta do governo e decidir se a suspensão temporária da greve será mantida.De acordo com a coordenadora geral do Sepe, Vera Nepumuceno, que participou da audiência com o desembargador, o jurista reconheceu a necessidade de a prefeitura abrir negociação com propostas concretas aos servidores e defendeu a suspensão da greve até a próxima quarta-feira. “O desembargador entendeu que o movimento é de todos os servidores municipais da cidade. Expus toda a trajetória desde o dia 6 de maio e a falta de diálogo do governo. O desembargador viu a legalidade da nossa luta e pediu uma trégua de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira, para que o governo apresente um calendário de reuniões para negociação. A primeira acontecerá no dia 9. Se nada de concreto for mostrado, voltaremos à greve”, explicou Vera.
O objetivo da categoria é voltar às escolas para conscientizar os pais e alunos sobre as dificuldades enfrentadas pelos profissionais da Educação e ganhar definitivamente o apoio da população. “Com a proposta feita pelo desembargador, coube ao grupo decidir o rumo do movimento. A paralisação será interrompida até quarta-feira e, se nada for apresentado, poderá voltar ainda mais forte. Vamos mostrar que queremos negociar e agir com inteligência. Se o governo voltar a apresentar uma proposta absurda como o reajuste salarial de 3%, a greve volta e o povo verá mais uma vez de quem é a culpa”, disse o diretor do Sepe, Jorge Cezar Gomes.
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