Desde a instalação das cortinas, o rendimento dos alunos mais prejudicados em função do posicionamento onde sentavam na sala de aula melhorou. “Sentamos no meio da sala, quando o sol entrava sem a cortina não enxergávamos o que estava escrito no quadro. Forçávamos os olhos e sentíamos muitas dores de cabeça, que pararam com as cortinas novas porque agora está fácil para copiar. O calor também diminuiu muito”, contaram os estudantes do 5º ano, Guilherme Ferreira e Gabriel Teles, ambos com 10 anos.
De acordo com a diretora da Escola Santa Maria Goretti, Natalia Monteiro, que trabalha há mais de 25 anos na entidade, a integração entre a comunidade e a direção sempre foi muito grande, o que possibilita este tipo de iniciativa. “Apesar da falta de verba para a realização de projetos, as famílias dos alunos ajudam a tornar as ações possíveis. Quando precisamos de reparos na escola sabemos que o pai de alguém que é pedreiro vai ajudar. Os cursos de culinária que oferecíamos, por exemplo, eram aplicados e recebidos por pessoas da comunidade. Criamos uma relação de parceria muito legal”, disse.
Com este espírito de solidariedade a avó do estudante Gabriel Boubee, Dulcineia Silva, de 59 anos, foi informada sobre a situação durante uma reunião entre pais e mestres e imediatamente se prontificou a ajudar. “Apesar do meu neto estudar em uma classe onde não é afetado pelos reflexos solares e eu não ser costureira profissional, quis ajudar. Meu pagamento foram os abraços das crianças quando instalamos as cortinas na primeira sala. Acho que fiquei mais feliz do que eles”, contou a dona de casa.
Fonte: Tribuna de Petrópolis